Simbolismo e Parnasianismo
O Simbolismo é uma escola literária que surgiu na França, em 1888, movida por ideias subjetivas, individualismo e o misticismo. O individual entra em destaque nas obras dos simbolistas, devido o interesse pelas coisas particulares e a desvalorização dos atributos da realidade. O Simbolismo estreita os ideais com o Romantismo, visando algo a mais do que o simples egocentrismo.
As obras da escola literária do Simbolismo são baseadas em temas que não tratam da realidade física, mas do misticismo, das coisas espirituais, mais abstratas. É uma escola que traz muitas passagens oníricas, ou seja, relativas ao sonho. Essa palavra utilizada em textos que se referem à escola. Os simbolistas mexem bastante com as sensações do ser humano, seja na música, na arte ou na literatura. Na última, usando as figuras de linguagem, como aliteração (repetição consoantes), e assonâncias (repetição da vogais').
O movimento simbolista começou com Charles Baudelaire, na França, com a obra chamada 'As Flores do Mal', em 1857. E suas ideias eram de oposição com os movimentos do Realismo, do Naturalismo e do Positivismo. No Brasil, as obras que inauguram a escola literária simbolista, em 1893, são: Missal (escrita em forma de poema, mas em prosa - texto corrido) e Broqueis (poemas em versos). Em Portugal, a obra que abre a escola é "Oaristos", de Eugênio de Castro, em 1890.
O Parnasianismo nasceu no século XIX, na mesma época do Simbolismo, na França. Os autores da escola literária prezavam pelo detalhe e a riqueza de palavras. As obras do Parnasianismo são focadas na objetividade, totalmente contrárias às ideias dos românticos, onde a realidade é posta sem influências subjetivas.
A arte se autojustifica nesse movimento literário, pois o processo artístico é, ele próprio, o ínico a fim de que a arte deve desejar. Desse modo, eles têm um apreço grande pela estética. As poesias parnasianas costumam ser bem formais, juntamente com uma linguagem bem diversificada. Os parnasianos evitam o uso de duas palavras iguais e pertencentes à mesma classe gramatical. As principais características dessa escola literária são:
a) O ideal de Arte pela Arte, ou seja, a poesia por si já basta, pela sua beleza e nada mais importa;
b) Perfeição forma: a poesia apresentava uma metrificação muito rigorosa;
c) Uso de rimas ricas, ou seja, a sonorização das palavras acontece com palavras que não pertencem à mesma classe gramatical;
d) Pertencem pelo soneto;
e) Objetividade e impassibilidade, isto é, os fatos, personagens, lugares, etc. São apresentados sem a menor interferência do autor, narrador ou poeta;
f) Descritivismo.
g) Preciosismo: o poeta detém-se ao detalhe; cada objeto deve ser singular, fugindo do senso comum.
Os seguidores do Parnasianismo usam as mesmas características do gênero lírico, principalmente os sonetos, e toda a estrutura dos poemas são bem organizadas, falam muito da cultura greco-romana, rebuscando os tempos da Antiguidade Clássica, trabalhando com os objetos e personagens históricos.
Os escritores brasileiros do Parnasianismo não foram uma cópia fiel ao modelo que nasceu na França, pois os escritores daqui não abandonaram parte do subjetivismo encontrado nas gerações românticas. Caminham pela linha do gosto das coisas ruins, adotando o pessimismo, e o sensualismo. Os autores parnasianos brasileiros são: Olavo Bilac (apelidado também como "Príncipe dos Poetas brasileiros"), Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Já os autores portugueses paranasianos são: Gonçalves Crespo (era um escritor nascido no Brasil, mas que se casou com uma portuguesa e se mudou para Portugal), João Penha, António Feijó e Cesário Verde.